22.04.21
Pegada de carbono: o que é, como medir e reduzir
Saiba como diminuir o seu impacto no meio ambiente e por que é importante ter atitudes mais conscientes na rotina
O que é pegada de carbono?
E mais: o grupo constatou que as emissões antrópicas, ou seja, resultantes da ação do ser humano, superaram 37 gigatoneladas em 2018 (para se ter uma ideia, cada unidade de peso desta equivale a 3 milhões de aviões modelo Boeing 747s).
O Brasil é o 14º país que mais emitiu CO2 no mundo em 2018, de acordo com o Global Carbon Atlas, estando entre os dois representantes da América Latina na lista (que também conta com o México).
Segundo o Observatório do Clima, a nação foi a responsável por lançar, na atmosfera, 2,17 bilhões de toneladas de CO2 em 2019, ante os 1,98 bilhão registrados no ano anterior. As principais fontes, conforme apontou o documento, foram as mudanças de utilização da terra, a agropecuária, o setor energético, os processos industriais e a geração de resíduos.
Esses indicadores mostram que o estilo de vida que levamos pode prejudicar diretamente o planeta. Por isso, é importante ter a consciência de que somos inteiramente responsáveis pelas pegadas que deixamos por aí.
Pegada ecológica é a mesma coisa?
Não. De acordo com a ONG WWF-Brasil, a pegada ecológica "mede os impactos da ação humana sobre o meio ambiente". É um instrumento para mensurar a quantidade de área produtiva fundamental para atender às necessidades das pessoas por recursos naturais e para a absorção de carbono.
A pegada de carbono, por sua vez, é referente à atividade humana e à sua capacidade de gerar gases de efeito estufa. Sendo assim, enquanto a primeira mede os impactos relacionados à natureza especificamente, a segunda está mais ligada aos efeitos que o uso de recursos tem sobre o clima.
Além de ambas, há também a pegada hídrica, que, segundo a WWF-Brasil, “mede os impactos que as atividades humanas causam na hidrosfera, monitorando os fluxos de água reais e ocultos”. Ou seja, diz respeito ao volume que é consumido, possíveis desperdícios e uso inadequado do recurso.
Como reduzir a pegada de carbono
Houve uma queda significativa na emissão de CO2 em 2020 no mundo. De acordo com o Projeto Carbono Global, a projeção da redução é de 7% devido à pandemia. O que significa que as pessoas ficaram mais em casa, deixando de fazer atividades como viajar de carro e de avião, por exemplo.
Tal indicador deixa bem claro que o uso intensivo de meios de transporte, como veículos e aviões, por exemplo, impacta o meio ambiente, tanto que ao ficarmos mais tempo em casa os índices diminuíram. Daí a importância de repensar cada passo, cada atitude.
Porém, mesmo com essa redução, 1.075 toneladas de dióxido de carbono foram despejadas na atmosfera por segundo.
Para mitigar o problema, a ONG Instituto Akatu sugere uma série de medidas importantes. É possível adotá-las facilmente no dia a dia. Veja as principais:
- Dê preferência ao transporte público: os veículos aparecem como um dos grandes vilões do aquecimento global. Para se ter uma ideia, o transporte rodoviário é responsável por 72,6% das emissões de gases de efeito estufa na cidade de São Paulo, segundo o Inventário de Emissões Atmosféricas do Transporte Rodoviário de Passageiros no Município de São Paulo. Deixar os carros em casa quando possível é uma ótima ideia (vale para períodos normais, sem pandemia)
- Ande de bicicleta: além de um hábito saudável, pois movimentamos o corpo e arejamos a mente, dar umas pedaladas contribui para evitar os gases que os carros emitem. Então, quando houver uma oportunidade (com segurança), não pense duas vezes e coloque a sua bike para jogo
- Mobilize sua família e amigos: quanto mais pessoas se conscientizarem, melhor. Então, passe a mensagem para frente, converse com quem você conhece para expor a importância de reduzir a pegada de carbono
- Descarte corretamente o lixo: a reciclagem é muito importante. Ao reaproveitar os materiais, evitamos que novos sejam produzidos sem necessidade e, consequentemente, evitamos mais impactos no meio ambiente
- Não desperdice: segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 17% dos alimentos do mundo vão parar no lixo (o equivalente a 937 milhões de toneladas). O que é extremamente prejudicial ao meio ambiente, uma vez que a produção e também a disposição final implicam na emissão de gases de efeito estufa. Daí a importância de fazer um planejamento mensal das compras para evitar perdas
Como medir a pegada de carbono
Como vimos, nossas ações podem contribuir para a geração de gases de efeito estufa. No entanto, há ações que fazemos, inevitavelmente, todos os dias, como ver TV ou navegar pela internet. A boa notícia é que a tecnologia é capaz de amenizar esse cenário, apesar de também gerar gases de efeito estufa.
Antes da pandemia, por exemplo, muita gente se deslocava para fazer reuniões de trabalho presencialmente, o que contribui para deixar a pegada de carbono cada vez mais alta. A internet, por sua vez, permite a realização de videoconferências, e assim ajuda a evitar o uso de transportes que agravam o aquecimento global.
Aliás, os encontros virtuais foram fundamentais durante o isolamento social, viabilizando uma série de atividades essenciais para as pessoas.
Além disso, recursos digitais podem ajudar a mensurar as pegadas que deixamos por aí. De olho nessa questão, a Vivo, por exemplo, desenvolveu uma calculadora online, que permite quantificar as emissões relacionadas à vida conectada ao utilizar nossos serviços.
Funciona assim: você insere dados referentes ao consumo diário ou mensal e, assim, consegue avaliar qual é a sua pegada. Que tal fazer o teste agora?
Dá para neutralizar a sua pegada de carbono
Muitas das atividades que geram CO2 são indispensáveis em nosso dia a dia. De modo que podemos até reduzi-las, mas não eliminá-las por completo por serem necessárias ou importantes para a nossa sobrevivência.
Por essa razão, uma forma de compensar o problema é adotar uma atitude conhecida como "neutralização da pegada de carbono". Como funciona? Você pode participar, como voluntário ou doador, de projetos que estimulam o plantio de árvores, por exemplo.
Além do mais, procure comprar de empresas que têm a preocupação de neutralizar os impactos que provocam. É algo cíclico. E que faz a diferença na vida desta e das próximas gerações.
A tecnologia pode dar contribuições importantes nesse sentido, sobretudo quando viabiliza a criação de processos e soluções que minimizam as emissões. A geração de energias renováveis e o uso de veículos elétricos são dois exemplos importantes (neste artigo você pode conhecer tecnologias que promovem a sustentabilidade).
Para reduzir seu impacto, a Vivo, por exemplo, estabeleceu um compromisso voltado à redução das pegadas (no dia a dia e também a longo prazo). Algumas das principais atitudes adotadas:
- Medição dos impactos
- Ações de eficiência energética
- Uso de energia renovável
- Digitalização para a simplificação de processos
- Carbono neutro: compensação das emissões de todas as operações diretas
Reciclar é preciso
A reciclagem é muito importante para minimizar as emissões de carbono. De acordo com um estudo realizado pelo Centro de Tecnologia de Embalagens (CETEA) e pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE), o processo evita em até 60% a produção de gases de efeito estufa. Ciente desse benefício, a Vivo lançou recentemente um movimento para estimular o consumo consciente e também a sustentabilidade.
É a campanha Recicle com a Vivo, um convite à reflexão sobre o que podemos fazer para tornar o mundo mais parceiro do meio ambiente. A iniciativa tem como mote a frase "A Vivo cuida do seu lixo eletrônico e, juntos, cuidamos do meio ambiente".
Ou seja, seu objetivo é engajar o consumidor a realizar o descarte adequado dos itens que já não usa mais, como celulares, cabos, tablets e notebooks. Em 2019, a companhia recebeu 113 mil itens. Para este ano, o objetivo é ampliar o volume em até 20%.
O descarte pode ser feito nas lojas da Vivo de todo o Brasil (o serviço está disponível para todos, clientes ou não).
Os materiais são coletados por uma empresa certificada, que faz todos os procedimentos seguindo rigorosos padrões estabelecidos pela legislação ambiental.
Os itens recebidos não são descartados, mas sim reciclados. O que não é aproveitado, então, é transformado em fonte de energia para a indústria.
Conclusão
Somos responsáveis por tudo o que fazemos. E precisamos ter a consciência de que atividades simples que realizamos no dia a dia contribuem para a emissão de gases de efeito estufa e, consequentemente, para o aquecimento global.
A elevação da temperatura pode ter consequências graves, como incêndios, perdas de territórios devido ao avanço do mar, doenças decorrentes do calor em excesso, secas e, consequentemente, o avanço da pobreza pelo mundo.
Daí a importância de adotar atitudes capazes de reduzir as pegadas de carbono que deixamos por aí. Entretanto, para isso, é fundamental identificar em quais aspectos podemos melhorar ou mudar de vez.
E, neste sentido, a tecnologia pode ser uma excelente aliada. Quando todo mundo faz a sua parte, os impactos vão ficando cada vez menores. E é o que buscamos.
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