O arsenal de periféricos para quem gosta de jogar videogame aumenta a cada ano, em conformidade com os estilos de jogos que vão surgindo. E assim como o controle é fundamental para quem joga em console, há duas peças que não podem faltar para os gamers de PC: teclado e mouse gamer.
Por esse motivo, reunimos abaixo várias informações, tal como algumas novidades da indústria de videogames, que você não pode deixar passar em branco na hora de adquirir um teclado e mouse gamer. Preparado(a)? Go!
Teclado de membrana
Os teclados mais difundidos são os de membrana, pois são os mais baratos de fabricar. Entretanto, isso não quer dizer que eles são os melhores periféricos do mercado, tampouco possuem uma qualidade considerável, principalmente para gamers. A novidade, para esse, são os teclados mecânicos.
Mas, voltando ao teclado de membrana, mais precisamente sobre a sua construção, ele é uma placa, com uma matriz na qual os cruzamentos são as teclas. Nesses cruzamentos, existem traços que estão abertos, ou seja, não fecham um circuito.
Logo em cima dessa placa, é colocado uma manta de silicone ou borracha, que é o que chamamos de membrana — e onde a “mágica acontece”.
Essa membrana é impressa com a localização de cada tecla e, nessas posições, existe um material condutor (rubber dome) que, quando pressionado, encosta na placa e fecha o circuito da tecla. Assim sendo, o teclado é fechado com um material de plástico que encaixa as teclas nos buracos.
Teclado mecânico
Teclados mecânicos ganharam o conhecimento do público há pouco tempo, por mérito do crescimento exponencial da comunidade de gamers profissionais — também referidos como pro players. No entanto, o periférico não deve ser considerado apenas por jogadores(as) e, sim, por pessoas que utilizam o computador constantemente, como programadores ou pesquisadores.
Afinal, ao contrário dos teclados de membrana, que são mais difundidos no mercado, os mecânicos, apesar de, na maioria dos casos, exigirem um investimento financeiro maior, costumam ser mais precisos, robustos e, geralmente, apresentam uma durabilidade superior.
Importância de um bom switch
Agora, o que faz um teclado ser classificado como mecânico é uma peça chamada switch, que pode ser classificada como linear, tactile ou clicky. Em síntese, essa peça é responsável pela detecção do toque na tecla e localiza-se entre o case — de plástico, alumínio e madeira —, o chassi e as teclas.
Assim sendo, é seguro dizer que o que determina a qualidade do modelo de um teclado mecânico é o fabricante da peça switch, independentemente de sua classificação; sim, há empresas especializadas no desenvolvimento de switches.
Entre a maioria dos gamers, a fabricante alemã de periféricos para computadores Cherry GmbH, é a mais lembrada quando o assunto é qualidade e durabilidade. No entanto, a Razer, bem como a Gateron e a Kailh não ficam para trás.
Em outras palavras, se você comprar um teclado de uma marca que produz bons switches, conforme as que citamos acima, e elas forem inseridas em um teclado gamer Hyperx ou um teclado gamer Redragon, ele se tornará um bom periférico e transformará a sua experiência em termos de jogabilidade.
Switch Linear, tactile versus clicky
Os switches não variam somente de marca e, sim, na forma como são construídos. Em outras palavras, na sua estrutura e, principalmente, no barulho que fazem ao encostarem no chassi do teclado. Confira, abaixo, as três opções que circulam no mercado:
- Linear: batida de tecla suave e consistente, com um ruído silencioso;
- Tactile: batida que produz um ruído moderado;
- Clicky: batida que produz um ruído alto, similar a uma máquina de escrever.
Outra diferença está nas cores dos switches, que também acabam tornando-se uma forma de classificação, uma vez que estão diretamente relacionadas a como são construídos e aos seus respectivos fabricantes. Ou seja, a Razer desenvolveu o switch Razer Green, semelhante ao Cherry MX Blue, bem como o Razer Yellow que, por sua vez, é similar ao Cherry MX Red.
Switch topre
Tecnicamente, o switch topre não é mecânico e, sim, rubber dome (domo de borracha, em tradução livre). Isto é, o topre entraria em uma nova categoria de teclados gamer para você escolher, junto com o mecânico e o de membrana (switch scissor). No entanto, como ainda é uma tecnologia que você precisa importar da Ásia, vamos tratá-la como um tipo de switch.
O original topre é da marca RealForce, fabricado no Japão, e a diferença para um switch fabricado pela Cherry GmbH, por exemplo, é que o ponto de acionamento localiza-se no alto, no começo da “batida”, ao invés de localizar-se no meio.
À vista disso, em um teclado com switch topre, você não precisa clicar na tecla até o fim para registrar o comando, o que torna qualquer interação com o teclado mais otimizada. De qualquer forma, a novidade ainda não chegou por aqui, portanto, nos resta esperar.
De qualquer forma, é importante ressaltar que a preferência de gamers por teclado mecânico não é um consenso. “Há menos coisas para ‘darem errado’ em um teclado de membrana. A camada com as gomas de borracha tende a proteger o circuito em casos de respingos, tornando a maioria dos teclados de membrana mais resistentes contra líquidos do que os mecânicos”, afirma o entusiasta no ramo de periféricos Wellington Diesel, em artigo para o Adrenaline.
Deseja saber mais sobre teclados mecânicos? Dê uma olhada no canal TeaKeyboards no YouTube.
Tamanho do teclado gamer
Além do modelo, o tamanho do teclado gamer é essencial. O modelo mais utilizado é o chamado Ten Key Less (TKL). Ou seja, um teclado sem a parte numérica da direita para que se tenha espaço o suficiente para movimentar o mouse sem prejudicar a jogabilidade — principalmente em títulos first person-shooter (FPS).
Entretanto, há layouts que são 60% e até 40% do tamanho de um teclado full size, o que os tornam mais desafiadores, uma vez que o(a) jogador(a) precisa aprender combinações de teclas para resolver movimentos que, utilizando um TKL, seriam facilmente acionados.
Controle de DPI
Se você é um entusiasta de jogos FPS ou TPS, como Counter Strike ou Overwatch, já sabe que um mouse lento é sinônimo de morte. Por esse motivo, você precisa prestar atenção no dots per inch (DPI) ou pontos por polegada.
A título de informação, DPI é a métrica ou a forma de medir a sensibilidade de um mouse; quanto maior o DPI, maior a sensibilidade imposta sobre o periférico. E, geralmente, os modelos que possuem esse tipo de controle, contam com dois botões extras, além dos principais e da scroll wheel. Além disso, há outros pontos importantes:
Mouse com fio ou wireless?
Adquirir um mouse gamer sem fio de média para boa qualidade, desenvolvido com uma tecnologia USB 3.0 ou posterior, como o 4.0 (USB-C), lançado em 2020, torna-se uma decisão muito particular, uma vez que o tempo de resposta não será comprometido. Prova disso é o G903 Lightspeed, mouse gamer da Logitech.
Portanto, se você valoriza a portabilidade e/ou se incomoda com os fios, dê uma chance para mouses wireless. Mas, atenção! O receptor precisa estar de acordo com o modelo do USB, caso contrário, o periférico irá funcionar, mas em uma velocidade 2.0. E se esse for o seu caso, não se desespere; existem adaptadores para gabinetes no mercado.
Um segundo ponto “negativo” de um modelo sem fio é que se você for uma pessoa esquecida, à medida que as pilhas vão perdendo energia, o periférico passa a não responder mais como antes e aí você pode sofrer graves consequências durante o jogo.
Agora, se você ainda é um gamer que se sente inseguro em relação a um mouse wireless, aposte em um periférico com fio ou com fio removível — até porque existem mais modelos e marcas. E isso não vale apenas para o mouse gamer, bem como para teclado e para a própria internet, como mencionado anteriormente.
Sendo assim, não haverá dúvidas que os seus comandos serão rapidamente refletidos no PC gamer, bem como em consoles. Além disso, a fonte de energia que, ao invés de pilhas, depende apenas do PC, garante um desempenho sempre estável.
Design ambidestro
Certamente há canhotos que simplesmente se acostumaram a utilizar o mouse com a mão direita e nunca pararam para pensar sobre esse assunto. No entanto, isso não é desculpa para que as fabricantes de periféricos não pensem em todos os tipos de público. Afinal, existem gamers canhotos(as), pô!
Se esse for o seu caso, procure por periféricos que possuem design ambidestro. Isto é, que contemplam pessoas destras e canhotas, assim, você não sairá perdendo se o mouse possuir outros botões, além dos dois principais e da scroll wheel. Inclusive, alguns modelos como G903 Lightspeed, Killer MS312 e Atheris, da Razer, são bons exemplos que se adequam a essa realidade.
Botões extras
Para quem joga MMO e MOBA e sabe que precisa realizar várias ações ao mesmo tempo, a dica é investir em um mouse que disponibilize vários botões extras — se programáveis ou customizáveis, melhor ainda. Isso porque ampliar as funções do periférico fará com que você consiga otimizar o seu tempo no jogo e, quiçá, aprimorar o seu desempenho.
Mousepad
Depois de falar de mouse gamer, é hora de falar sobre o elefante branco na sala. Quer dizer, a importância do mousepad. Mesmo preferindo a estética do seu setup gamer sem qualquer tipo de mousepad, reconsidere.
Não seja cabeça-dura, principalmente se você joga FPS, TPS ou MOBAs, até porque os mousepads gamer são projetados para permitir movimentos rápidos sem pular ou deixar cair os ciclos de atualização no sensor do mouse.
Aliás, alguns mouses gamers vêm com software que permite ao usuário configurar diversas coisas, incluindo perfis específicos para superfícies diferentes. Portanto, vá até a Loja da Vivo e dê uma olhada no que há disponível.
Até breve!